Variante amazonense do novo coronavírus é identificado na região de Irecê

A Secretaria de Saúde de Irecê divulgou na manhã deste sábado (06) que o Laboratório Central do Estado identificou uma paciente de João Dourado portando a variante do coronavírus que se originou em Manaus no final de 2020. 

A paciente, uma mulher de 56 anos, tem histórico de viagem para Manaus, capital do Amazonas, e passagem por Salvador. Ela deu entrada no P.A. Covid com desconforto respiratório, tosse, coriza e baixa oxigenação do sangue.

Seguindo os procedimentos estaduais, fez a coleta de swab nasal para análise do RT-PCR, que deu positivo para covid e considerando sua passagem pelo Amazonas, a Vigilância Epidemiológica fez a solicitação do isolamento viral para identificação da variante.

Segundo a nota: " A paciente permaneceu isolada em todo o período de internamento, com todas medidas de biossegurança necessárias, saindo de alta fora do período de transmissibilidade, em estado estável para monitoramento e acompanhamento ambulatorial".

A Secretaria de Saúde de Irecê também afirma que todas as investigações foram feitas e, para este caso, não houve contato com pessoas do município de Irecê. Porém a secretaria tem certeza de que a variante amazonense do coronavírus já está em circulação na região.

A prefeitura acredita que neste domingo, 07/02, chegará a vacina para a população de 80 a 89 anos, e a expectativa é de que esse público vá aumentando paulatinamente.

A variante amazonense

Essa nova variante detectada na capital amazonense no começo de janeiro levanta uma série de preocupações em grupos de pesquisa e autoridades sanitárias do mundo inteiro, até o momento. A nova cepa, que ganhou o nome de P.1, foi flagrada pela primeira vez no dia 10 de janeiro em quatro indivíduos que desembarcaram em Tóquio, no Japão, após uma viagem para o Amazonas.

 

O que preocupa na variante amazonas é que sua mutação o torno mais infeccioso, por modificações em suas espículas - que facilita a entrada do vírus nas células. Outras duas mutações presentes no P.1 são as que permitem que o vírus drible o sistema imunológico.

"Alguns estudos indicam que essas mutações podem ajudar o vírus a escapar dos anticorpos neutralizantes, da imunidade natural obtida após a infecção por outras variantes ou pela vacinação", explica o virologista Felipe Naveca, do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/FioCruz Amazônia), em Manaus. Isso significa que uma pessoa que já foi infectada pelo coronavírus pode se reinfectar com a nova variante.

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