Seca compromete lavouras em Irecê e ameaça safras de milho e cebola

A estiagem prolongada na região de Irecê já provoca perdas irreparáveis na agricultura de sequeiro, com o milho sendo um dos mais afetados. Com a escassez de chuvas, as lavouras não conseguiram se desenvolver, e a safra de 2025 está praticamente perdida, deixando os produtores em alerta.  

O problema, porém, não se limita às culturas dependentes das chuvas. A recarga insuficiente dos poços artesianos começa a ameaçar também a agricultura irrigada, especialmente a produção de cebola, um dos principais produtos da região. Com a redução na disponibilidade de água, os bulbos estão se desenvolvendo menores, comprometendo a qualidade e o volume da colheita.  

Na tentativa de minimizar os prejuízos, alguns agricultores anteciparam a colheita para aproveitar os preços favoráveis no mercado, mesmo com a cebola ainda em fase de crescimento. Enquanto isso, muitos produtores estão reduzindo o ritmo de plantio, temendo que a falta de água torne inviável a irrigação ao longo do ciclo.  

Neste cenário de incertezas, os preços da cebola seguem em alta. Em Irecê, a saca de 20 kg foi cotada a R$ 75,00 nesta semana, um aumento de 4,20% em relação ao período anterior. A valorização, no entanto, não é suficiente para compensar os desafios impostos pela seca, que coloca em risco a sustentabilidade da agricultura local.  

A situação exige medidas urgentes, enquanto os produtores buscam alternativas para enfrentar uma das piores crises hídricas dos últimos anos.

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