Ainda segundo a SJDHDS, com as quedas nos benefícios, a Bahia saiu de pouco mais de 1,8 milhão de beneficiários, para 1,7 milhão. O Ministério da Cidadania não forneceu dados do tamanho da fila em cada estado.
"Infelizmente, eles [Governo Federal] falam duas coisas: primeiro, que não tem recursos, e segundo, que vão reformular o programa. Mas enquanto eles vão reformular o programa, a gente está assistindo uma desproporção entre estados ricos, que têm o menor número de pessoas em extrema pobreza e estão recebendo muito mais do que os estados do Nordeste, que tem quase um milhão de pessoas em extrema pobreza. Então não é falta de recursos, é falta de prioridades", ponderou o titular da SJDHDS, Carlos Martins.
Ainda segundo a secretaria, a Bahia teve apenas 1.123 novos benefícios concedidos em janeiro desse ano, contra 11 mil concedidos ao Paraná, 11 mil ao Rio Grande do Sul e seis mil à Santa Catarina: estados com número inferior de famílias em situação de vulnerabilidade social. O Ministério da Cidadania não quis fornecer dados do tamanho da fila em cada estado.
Só em Salvador, mais de 150 mil famílias contam com o benefício do Bolsa Família, que atende famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, com renda mensal de R$ 89 por pessoa, ou até R$ 178 por pessoa, com filhos de 0 a 17 anos.
O problema apontado pela Sempre é que, desde março de 2019, não há inclusão de novos beneficiários. São pelo menos, 175 mil pessoas inscritas em um cadastro único aguardando a análise do Ministério da Cidadania.
Até as famílias que tiveram o benefício cancelado por alguma pendência, mesmo depois de ter regularizado, desde março não voltou a receber.
A situação se repete em vários municípios do estado e dificulta a vida de famílias que vivem na pobreza ou extrema pobreza. Em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, a dona de casa Cristiane Silva e o marido dela estão desempregados, vivendo de trabalhos temporários.
Fonte: Com informações do portal G1