Dois anos e cinco meses após o assassinato de Ariana Marques com golpes de faca pelo seu companheiro, o réu Micael Jefeson Ferreira Paiva foi a júri popular em Irecê. O julgamento aconteceu na noite da última terça (22).
Após onze horas de julgamento o caso teve seu desfecho, condenando Micael, que já estava preso há dois anos e 4 meses, a 19 anos de reclusão em regime fechado. O julgamento reconheceu que o crime foi motivado por razões da condição de sexo feminino, em contexto de violência doméstica e familiar, bem como por motivo torpe e emprego de meio cruel.
Ariana Marques (27) foi assassinada em 29 de maio de 2022 na casa em que vivia com Micael com diversas facadas. Após cometer o crime Micael arrastou o corpo da vítima e o deixou na rua em frente a sua casa.
Segundo reportagem do Correio* do dia 30 de maio de 2022, o crime aconteceu após uma briga motivada por ciúmes. O suspeito, que não teve nome divulgado, mandou duas mensagens para a irmã de Ariana. Na primeira, afirmou que estava sendo traído pela namorada. Na segunda mensagem, ele disse que tinha matado a jovem.
Os dois estavam junto há cerca de três anos. Micael ficou foragido durante um tempo até ser encontrado pela polícia.
O crime ocorreu na comunidade de Cocão II, entre Irecê e Lapão.
Por já ter cumprido 2 anos e 4 meses de prisão, Michael teve a pena privativa de liberdade fixada pela juíza Isabela Pires de Almeida em 16 anos, 7 meses e 8 dias de reclusão.
Segundo o Promotor de Justiça, Antônio Eduardo Setúbal, o Ministério Público irá recorrer da decisão por “entender que a pena foi muito aquém da gravidade do crime” sendo compreendida como “muito injusta” e que deve haver “uma reposta mais contundente”. Ou seja, o MP pretende entrar com recurso para que a pena de Micael seja aumentada.