As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do Irecê Notícias. Os conteúdos apresentados na seção de Opinião são pessoais e podem abordar uma variedade de pontos de vista.
Comportamento de consumo é uma dinâmica em constante evolução, influenciada por fatores sociais, econômicos e tecnológicos. Neste inverno, os lojistas de moda precisam estar mais atentos do que nunca às mudanças nos hábitos de compra dos consumidores para se manterem competitivos e relevantes.
Hoje vivemos a ascensão do e-commerce. A pandemia acelerou a transição para o comércio eletrônico. Muitos consumidores, agora habituados à conveniência das compras online, continuam a preferir essa modalidade. Para os lojistas, isso significa a necessidade de investir em uma plataforma de e-commerce robusta, que ofereça uma experiência de compra intuitiva e segura. Além disso, é essencial garantir que o site seja otimizado para dispositivos móveis, uma vez que a maioria das compras online ocorre por meio de smartphones e também colaboradores preparados para essa função.
Outro ponto a se atentar é em relação à personalização e experiência do cliente. Os consumidores modernos esperam uma experiência personalizada. Isso pode ser alcançado através de recomendações baseadas em histórico de compras, preferências e tendências atuais. Ferramentas de inteligência artificial e análise de dados podem ajudar os lojistas a entender melhor seus clientes e oferecer produtos que realmente atendam às suas necessidades e desejos.
É preciso se inteirar sobre sustentabilidade já que a sustentabilidade tornou-se uma prioridade para muitos consumidores. Eles estão mais conscientes sobre o impacto ambiental de suas compras e preferem marcas que adotam práticas ecológicas. Lojistas devem considerar a adoção de materiais sustentáveis, processos de produção éticos e políticas de reciclagem. Comunicar essas práticas de forma transparente pode criar um vínculo mais forte e duradouro com os consumidores e pode ser uma forma de conexão com quem compra pensando nesses valores.
Não podemos esquecer do incentivo à moda funcional e confortável pois com o aumento do trabalho remoto e um estilo de vida mais casual, há uma demanda crescente por roupas que combinam conforto e funcionalidade. Peças versáteis que podem ser usadas tanto em casa quanto fora, e que oferecem conforto sem sacrificar o estilo, estão em alta. É importante que os lojistas ajustem seu estoque para refletir essa tendência, oferecendo uma gama de produtos que atendam a esse novo padrão de vida.
Em relação ao atendimento presencial o consumidor espera experiências físicas diferenciadas. Embora o e-commerce esteja em alta, as lojas físicas ainda têm seu valor, especialmente quando oferecem experiências únicas que não podem ser replicadas online. Lojistas podem investir em espaços interativos, como showrooms, onde os clientes podem experimentar produtos, receber consultoria de estilo personalizada e participar de eventos exclusivos. A integração de tecnologia, como espelhos inteligentes e realidade aumentada, pode tornar a experiência de compra ainda mais atrativa.
Os lojistas que se adaptarem de maneira proativa às novas expectativas dos consumidores estarão mais bem posicionados para prosperar neste inverno. Investir em tecnologia, personalização, sustentabilidade e experiência do cliente são passos cruciais para se destacar no mercado competitivo de moda. Ao entender e responder às necessidades e desejos dos consumidores modernos, as lojas podem não apenas sobreviver, mas também prosperar em um cenário de consumo em constante mudança. Ao ajustar suas estratégias para atender a um público exigente e informado, os lojistas de moda podem transformar desafios em oportunidades, garantindo um inverno de sucesso nas vendas e na fidelização dos clientes.
*Johara Mattos é consultora estrategista de imagem pessoal e varejo de moda. Professora e palestrante. Pós-graduada em neurociência.
